sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tudo é festa!

Namoramos por anos. Depois que entramos na famosa sociedade: o pé e a bunda, passamos por aquele momento que o lugar que mais desejamos estar é no nosso quarto, assistindo a filmes melosos e nos perguntando o motivo de não ter dado certo. Até que chega o dia em que você cansa daquilo tudo. As costas doem de tanto ficar deitada na cama, já acabamos com os lenços de papéis da cidade e as pessoas não aguentam mais te aconselhar sobre como sair dessa.

E, minha filha, quando dá este estalo, percebemos que o mundo não parou. Que as pessoas continuaram a seguir seus caminhos, que outras já terminaram ou começaram a namorar e que a única que ficou aquele tempo todo com a vida parada ali foi você. Levantamos, tomamos aquele banho longo e demorado, nos produzimos e ligamos para as amigas solteiras.

Durante a balada, ex é um passado que já foi superado. Nos sentimos fortes como uma rocha, como se nem a maior pessoa do mundo fosse capaz de te derrubar. Tomamos o primeiro drink brindando a solteirice das amigas. Prometemos que não vamos nos relacionar nem tão cedo: "a partir de hoje, vou curtir a minha vida"!

E assim tem sido. De um sambinha a tarde passamos para a boate a noite e chegamos em casa já amanhecendo. Sua mãe questiona o horário que chega em casa (morando com seus pais, tem que obedecer as regras deles), e você simplesmente olha pra ela e fala: "há alguns dias você reclamava que eu não saía de casa e que era para eu superar o término do namoro. Agora que eu fiz isso e estou aproveitando a minha vida, você reclama do horário que eu chego?!"

Quando se está solteira, tudo é festa. Vamos de churrasco na lage dos amigos àquela balada VIP da cidade. O salário do mês, que mal dava para pagar as contas, agora nem as contas paga. E ai, você descobre que a vida é realmente bonita, que existem momentos únicos e que todos os brindes com as amigas fortalecem os laços que o coração solteiro uniu.

Aproveite, boba. A vida de solteira pode demorar a passar, mas a felicidade de cada momento único, não!

Nenhum comentário:

Postar um comentário